A forma como você trata os outros diz muito sobre você.
Estamos passando e vivendo este período tão traumático, um acontecimento que tem a magnitude de nos transformar. Entramos de um jeito e vamos sair de outro.
Infelizmente a pandemia está nos mostrando que o ser humano se adapta a condições muito tristes de vida e passados um ano e meio do início da crise sanitária que assola o mundo, ainda vivemos sob a égide do medo, com muitas incertezas, disrupturas e um número de mortes diárias que parecem anunciar e denunciar que a gente não está levando a sério um vírus que é muito agressivo e pode atingir a todos, seja pelo adoecimento, seja porque o seu contexto social está sendo alterado e sem qualquer sinalização de retorno a uma normalidade rápida.
Estamos passando e vivendo este período tão traumático, um acontecimento que tem a magnitude de nos transformar. Entramos de um jeito e vamos sair de outro.
A pandemia para mim é um evento multitraumático, que nos trouxe, dor, perdas, luto, discussões, debates que radicalizaram as diferenças, o aumento do abismo social em nosso país e de tanto sabermos sobre dores e perdas diárias, podemos incorrer no risco de passarmos a relativizar o sofrimento próprio e o alheio e isso é muito perigoso.
Vejo que a grande maioria das empresas com as quais tenho o privilégio de trabalhar, estão se organizando para passar a retornar ao local de trabalho das suas empresas, a partir de dezembro e no meu entender, passa a ser fundamental que desde já as empresas trabalhem e desenvolvam temas para os seus colaboradores que visem ajudar na readaptação ao local de trabalho coletivo e isso me preocupa porque por mais tempo que você esteja trabalhando com os seus colegas, se você passa dezoito meses sem se encontrarem, com certeza no retorno ao trabalho você vai se deparar com desconhecidos, porque em meio a pandemia o mundo não só mudou, o mundo capotou.
Para ilustrar a minha inquietação, vou mencionar aqui um exemplo bem corriqueiro que ouço nas organizações, que vão desde o fato de que durante as reuniões on-line as pessoas não abrem a câmera do computador para se verem, até a indisposição de gestores que não querem saber se alguém da sua equipe está passando por momentos difíceis.
Agora eu te pergunto, como no momento mais agudo das nossas vidas, onde o futuro passou a ser tão incerto e imprevisível, como podemos prescindir do convívio?
Que ele seja momentaneamente on-line, via whats, e-mail, mensagem de voz ou ligação telefônica, mas ele precisa existir, porque somos seres humanos e o ser humano é social e deve ser sociável.
Os laços afetivos precisam ser reforçados para que possamos retomar nossas atividades fora do nosso ambiente de casa de forma menos sofrida e desgastante. O retorno ao local de trabalho precisa ser visto como uma retomada positiva da nossa vida e não como um empecilho.
Nós sabemos que trabalhar de casa para a grande maioria das pessoas não passa de uma gambiarra, porque boa parte dos profissionais não têm um espaço adequado para desenvolver suas atividades laborativas dentro do seu lar, mas também precisamos ter em mente que passados dezoito meses, uma rotina já foi estabelecida e mudar isso de uma hora para outra, mesmo que a mudança seja para um espaço adequado, com as condições de conforto e trabalhabilidade superiores ao dia a dia de casa, vai trazer estranhamento e por vezes descontentamento.
Precisamos mais do que nunca Humanizar: as relações socioemocionais, as trocas de trabalho, o convívio social, o relacionamento entre os colegas. É preciso pedir ajuda e dar ajuda. Será preciso um bom tempo para elaborarmos, conversarmos, entender como foi para cada um e seguirmos diferentes e mais fortes.
Por isso, reforço aqui que se você não tiver bem, peça ajuda, acione sua rede de apoio e esteja com a sua compaixão bem fortalecida porque todos, sem exceção, mesmo aqueles que não demonstram que estão precisando de ajuda, na verdade estão tão carentes como qualquer outra pessoa. É que para muitos é difícil e muitas vezes trabalhoso pedir ajuda.
Investir na Reconexão dos profissionais, na reaproximação das equipes é uma questão decisiva para que os colaboradores não percam o interesse de retornar ao local de trabalho.
Há uma grande transformação acontecendo dentro e fora de nós e isso exige muito acolhimento, escuta ativa e compaixão para respeitarmos a nossa singularidade e a das outras pessoas. Não perca a oportunidade de se reinventar. Se desarme emocionalmente e acolha porque grandes mudanças ainda estão por vir.
Cuide, cuide-se e deixe ser cuidado!
*Por Jo Lima
Publicado em 03 de agosto de 2021
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*Jo Lima é Coach, Palestrante e Mentora em Desenvolvimento Humano e Capacita Profissionais para Aalta Performance e Gestão de Equipes.
@jolimaeducacaocorporativa