*Por Jo Lima

Publicado às 13:57, 1 junho, 2021 

Para começo de conversa, vejo nas mais diferentes empresas, que a grande maioria dos profissionais deseja de forma genuína prosperar profissionalmente e fala-se tanto em protagonismo de carreira, mas na minha avaliação há um descompasso entre o desejo e as entregas profissionais.

A carreira profissional é um compromisso individual e muita gente desconhece isso, porque agem como se fosse a sua empresa a responsável por sua evolução, instrução e movimento. Acontece que a gente cresce profissionalmente a medida do nosso senso de entrega e quem se economiza acaba sendo espectador de quem age com senso de dono, se compromete e faz o seu melhor independente das suas circunstâncias, pois todo trabalho merece ser bem feito e não existe trabalho menor.

Estamos passando por um período de inflexão, que trouxe uma ruptura no modo de fazer, consumir e nas interações sociais e isso impacta sensivelmente na projeção de carreira profissional, exigindo de nós um redesenho do futuro das nossas profissões, seja porque o mundo mudou, seja porque inúmeras profissões deixarão de existir em um curto espaço de tempo e outras tantas profissões passarão a existir e precisaremos nos adaptar ao novo contexto.

Investir em educação, autoconhecimento e fortalecimento emocional é decisivo para que possamos assumir riscos, evoluir profissionalmente e pessoalmente, porque a competitividade está escancarando isso diante dos nossos olhos, mas mesmo a realidade mostrando de forma cristalina seus sinais, pois temos mais de 15 milhões de pessoas agora desempregadas no Brasil, enquanto há milhares de vagas em aberto nas empresas porque não há profissionais qualificados para preencher as referidas vagas, Enquanto isso está acontecendo, tem gente que investe em um celular de última geração, do que numa capacitação que vai contribuir com a sua evolução de carreira. Este é um paradoxo que o profissional brasileiro precisa enfrentar, porque não dá para crescer profissionalmente sem preparo, sem investimento de tempo, energia e dinheiro nos melhores cursos, livros, palestras, processo de mentoria ou coaching. Tudo isso exige dedicação, investimento e uma clara noção de prioridades. 

Aonde você quer realmente chegar na sua carreira profissional?  

Uma pesquisa apresentada no Fórum Econômico Mundial em 2020, trouxe um dado de realidade que me chamou muita atenção: o estudo mostra que a partir de 2022, os profissionais que desejam se manter relevantes no mercado de trabalho, precisarão se qualificar por pelo menos 100 dias no ano para se recapacitar porque a velocidade das atualizações que vivemos hoje é realmente exorbitante. O que a gente fazia a 5 anos difere de como fazemos hoje e cada indivíduo precisa ter em mente que ele precisa aprender o tempo todo, caso contrário ele ficará obsoleto rapidamente.

A cultura de aprendizagem o tempo todo requer uma capacidade de adaptação, resiliência e humildade que muita gente precisa acionar o quanto antes, porque em regra quem está a muito tempo trabalhando numa determinada área de atuação, parte do pressuposto que sabe muito e as vezes ainda pensa que sabe tudo e isso facilita a resistência ao novo e a rejeição ao acolhimento de entendimentos diferentes daquilo que já é a sua compreensão. 

Vamos abraçar as mudanças e redensenhar nosso futuro profissional porque o melhor está por vir para aqueles que têm um mindset (modelo mental) de crescimento.

Invista no seu principal ativo que é você mesmo e com certeza você vai se diferenciar e o mercado está sedento de profissionais empreendedores, comprometidos e com senso de dono. Bora aprender a aprender.

Precisamos ser um eterno Aprendiz!

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*Jo Lima é coach, palestrante e mentora em desenvolvimento humano e capacita profissionais para alta performance e gestão de equipes.