O ponto de Inflexão
Gestores, o ponto de inflexão é aquele momento na vida em que você precisa fazer uma escolha difícil, se quiser realmente mudar as coisas
Gestores, o ponto de inflexão é aquele momento na vida em que você precisa fazer uma escolha difícil, se quiser realmente mudar as coisas. É quando mais percebemos a relevância da liderança e temos um papel em branco nos desafiando a criar algo chamado Ação.
Vivemos em meio a verdadeira obsessão pela racionalidade, produtividade, excelência, eficiência, como se os acontecimentos fossem previsíveis e as pessoas verdadeiras máquinas que não sentem, não sofrem e não têm dúvidas existenciais. Ao assumirmos um cargo de gestão e passarmos a agir assim, sufocamos atributos fantásticos que a nossa equipe precisa ter, especialmente se almejamos ter um Time de Alto Desempenho, que são: espontaneidade, criatividade, resiliência, confiança, leveza, originalidade, compaixão e o espírito de equipe.
Infelizmente, precisamos reconhecer que há um número significativo de pessoas que hoje estão em cargos de gestão e pensam que podem ter controle sobre tudo e todos, desconhecendo que é justamente a autonomia que faz florescer na equipe novas lideranças, novas formas de construir soluções e ganho de sinergia.
Ao assumirmos a gestão de uma equipe, devemos nos dedicar a desenvolver nossa liderança, que de modo algum é um cargo. A liderança é postura de vida que não anula a subjetividade e a criatividade; que percebe a importância do processo emocional oriundo de trabalho em equipe; que respeita a singularidade de cada integrante do Time e trabalha com as forças de cada um, não enaltecendo as fraquezas dos integrantes da equipe.
Quando eliminamos a subjetividade, acabamos por anular a nós mesmos, porque perdemos a noção de que as pessoas têm sentimentos e não podem e não devem trabalhar desassociadas das suas crenças, valores e emoções.
Vivemos ansiosos sob a pressão do relógio, adoecendo e causando adoecimento naqueles que gerenciamos por calcular tudo, desde o tempo, até as respostas que já prejulgamos receber sem sequer ouvir a equipe.
O principal ponto de inflexão de cada gestor é escolher facilmente a comodidade de chefiar, simplificando a realidade ou assumindo a grande responsabilidade que é liderar; escolha que exige de nós um propósito que vai além de nós mesmos, que nos faz levantar da cama independente das circunstâncias e nos mobiliza a seguir em frente, tendo claro que não nos bastamos e é em equipe que vamos alcançar grandes metas.
Quem tem um porquê suporta qualquer como. Esta frase do filósofo Friedrich Nietzsche, retrata bem o que penso sobre o propósito de liderar e das escolhas que fazemos ao longo da nossa vida. Há um preço, uma carga emocional que muitas vezes as pessoas que assumem um cargo de gestão desconhecem, e por isso mesmo acabam sucumbindo às circunstâncias, seja porque não foram preparadas para os desafios oriundos do exercício da liderança, comodismo, medo, ou não ter saúde emocional.
O exercício de liderar não é um ato burocrático. É, antes de tudo, ato humano, mesmo que estejamos na era da eficiência. Convivo com muita gente que trabalha num contexto organizacional esterilizado emocionalmente; um ambiente opressor que transforma o ser humano em verdadeiras mercadorias. Nesse tipo de contexto, também surge algo devastador que é a dependência química, o aumento da ansiedade generalizada, fobias, transtornos sociais, e uso de medicamentos para acordar, para poder dormir ou manter-se concentrado.
Na condição de gestores, precisamos ter a coragem de descobrir qual o nosso propósito ao liderar uma equipe e também entender o propósito que deve ser compartilhado com o nosso Time, porque não vamos muito longe sozinhos. Precisamos nos conhecer e atrair para a equipe pessoas éticas, com disponibilidade e visões de mundo que complementem a compreensão das coisas. Os verdadeiros líderes compreendem que talento ganha jogo, mas só um Time ganha campeonatos. É em time que mantemos a união mesmo em momentos de dificuldades, sem perdermos de vista nosso propósito, nossa essência.
Em todas as dimensões da vida, vivenciaremos pontos de inflexão, e para nos superarmos precisaremos assumir a liderança.
Um forte abraço e conte sempre comigo!
Conferencista nacional dos temas Resiliência, Gestão de Equipes, Liderança e Coaching,
Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance, Desenvolvimento de Competências Individuais e Atendimento ao Público.
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